sexta-feira, 23 de setembro de 2011

on twitter

Hoje eu assino minha lei áurea. Saio desse mundo de pseudo rótulos e esteriótipos que essas redes sociais proporcionaram a todo mundo.

Não, não me suicidarei virtualmente, mas não entro mais nesse joguinho mesquinho que todos os jovens afundaram e alienaram-se.

Se prenderam a tipos, maquiagens, máscaras e críticas. Ah! Quantas críticas, como se todos fossem muito entendidos do assunto.

Como mestres, doutores ou seja lá o que da verdade. Da verdade sociológica que não existe.

Enquanto vocês julgam e criticam os "pobres do orkut" eles estão vivendo felizmente fazendo o que quiser por ter coragem de viver.

Por ter coragem de serem rídiculos, palhaços, fúteis. Por terem coragem de se permitir aparecer.

E eu amigos, por mais clichê que seja, não sou um produto desse mundo consumista e midiático para ser rotulada!

E quem vier me criticar, bem.... se você não tem nada melhor pra fazer da vida... Se isso te faz sentir um ser humano importante.

VÁ EM FRENTE!

Mas hoje eu assino a minha lei áurea, ao som dessa música: http://www.youtube.com/watch?v=iWOyfLBYtuU

Porque eu cansei desse mundo de achismos e opiniões. Vou viver num mundo que é mais divertido que esse que nós criamos :*

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

21/09/2011

"Sou um móbile solto num furacão, qualquer calmaria me dá solidão"

Nenhuma frase me tocou tanto como esta. Como eu me vi nessa frase e como me assustei em me ver tão presente em cada palavra. É uma daquelas frases, versos ou canções, que você para e pensa:
"Putz! Como o cara tirou da minha boca as palavras que não saiam!"

E é essa frase me é tão significativa, pois eu não consigo e não pretendo ter a decadência de me manter parada. Parada no sentido mais egoísta e estúpido da palavra. Talvez sim, talvez não.

Eu quero por a prova o meu corpo ao bem e ao mal, eu quero ver até onde eu sou capaz. Eu quero sentir quais verdades ditas tantas vezes pela mídia, pelo governo, pelas pessoas ao meu redor, são totalmente reais.

Pretendo me manter inquieta, até quando eu não conseguir mais me manter em minhas próprias pernas e mesmo assim, pedir alguns momentos a mais, só pra sentir, só pra saber, até onde minha alma vai. Até onde meu corpo vai.

Tenho encontrado em minha vida pessoas que souberam viver minha loucura, me compreender e me ensinar virtudes que até então eu não tinha.

Tenho um semelhante, que dá ouvidos a todas as minhas insanidades. Que como eu tem sede do mundo. Tem sede da descoberta. Temos aprendido a viver nessa confusão que nos uniu. Nessa anti-paz louca que nos fortifica. Que nos fortifica em um casal poderoso, que não tem medo. Não hesita. Que faz. Que não se arrende. Que passa por todas as etapas das maneiras mais fortes e dolorosas. E só através delas que nos sentimos vivos. Que sentimos o coração bater. Ele me ensina o respeito. Pois apesar do furacão e de tantas coincidências, ainda assim somos dois e cada um com seu individual jeito de ser.

Tenho um anjo, um anjo que me ensina todos os dias (seja falando abertamente, seja entrelinhas de nossas longas conversas) o que é a paciência e o que é o perdão. Quais são os benefícios que cada um tras e principalmente quais dores cada um desperta. Ele me dá a chance de ver o que é bom e ruim e vive me alertando que tudo tem três lados.
Mas anjo, eu posso aprender tudo isso, mas por enquanto não pretendo ser quieta.

A quietude me deprime. Me sufoca.
Mas eu sei que um dia eu vou ter de aprender a lidar com a tal "Tranqüilidade", e deixo pra quando eu for mais velha. A medida que os anos forem passando e eu me cansar de tanta baderna, tanta agitação... Eu poderei me dedicar a conhecer a quietude. O ficar em casa, o parar por um instante e perceber a beleza em estar só.

Mas por enquanto? Por enquanto eu quero luzes, quero ver pessoas, quero descobrir novos sabores, novas sensações, novos sons, novas ruas, novas cidades. Quero sentir meu coração bater mais forte, seja por uma emoção, seja por uma substância. Seja por qualquer coisa! Eu quero sentir, sentir, dar risadas, chorar, eu quero sentir a dor da alegria, a dor da tristeza. Eu quero sentir com todos os meus músculos, todos os meus poros, todo o meu sistema nervoso. E quero sentir, principalmente, com toda a minha alma.

Não, eu não pretendo parar agora!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sereias


Em uma tarde de verão, com duas crianças e alguns papéis acompanhados de lápis de cor surgem conversas interessantes e filosóficas. E numa dessas conversas nasceu este poema que dedico carinhosamente à Loren, que hoje já tem seus 13 anos e ao Pedro, seus 10 .


Todo mundo precisa ter algo para acreditar
nem que seja as inexistentes sereias
do fundo do mar

Todo mundo tem sonhos
planos, coisas em que acreditamos
Viver sem crer
É apenas existir
É não ter tantas razões para sorrir

O que só não existe
é o que não pode ser imaginado
O que só não se acha
é o que não pode ser encontrado
Existem todos os tipos de história
Existem as sereias do reino encantado

Acreditar é preciso
crer é necessidade
sonhar é óbvio
realizar é sorte
Depois de viver vem a morte

E as sereias são eternas
até que existam crianças
que acreditem nelas.

A chegada do fim da partida


(nota mental: fala sobre a vida e a pós vida de alguém, de todos nós, de mim. parece confuso, mas é só pensar assim. no dia 12/08/2005 eu estava muito pensativa.)

Começar é tão difícil
Mas começar é preciso
é preciso começar e caminhar em frente
É preciso lutar e ser persistente

Terminar sem um começo
é simplesmente não acabar
É o inacabável
inabalável
É o permanecer parado no tempo

Começar é apenas um passo
para o nível mais elevado
é como um jogo
sem regras
há ganhadores e perdedores
há sonhadores e conquistadores

Terminar é o fim
é a soma dos pontos
é a música dos jardins
em um lugar, em outro canto
Onde é a chegada do fim da partida do outro começo
que foi tão difícil começar
Agora é apenas uma lembrança
que foi o começo, agora o fim
da eterna criança.

O presente (à Boriana Frances)

Se no mundo existem flores
Em mim existe um jardim
Se no mundo estão as pessoas
Você está em mim!

Nada é por acaso
O que acontece, acontece
O que passou, é passado.

Nada é fixo
Tudo muda
Nem o sol viverá para sempre
muito menos um momento,
um sonho,
um pensamento.

Somente uma boa canção resiste ao tempo
Somente uma bela poesia dura para sempre
Nem civilizações são eternas
muito menos e menos ainda
O Presente.

Constelação (à Patrícia Carocci)




Estrelas não se entristecem
Estrelas brilham sem parar
Hoje a noite não tem estrelas
e ela está só a chorar.

Eu queria lhe dar uma constelção inteira
E ver teu sorriso
Dizendo que eu sou a primeira
pessoa que se importa contigo

Brincar nas nuvens
Contar segredos não contados
Vê-la feliz de qualquer jeito
nem que eu tenha que me vestir de palhaço!

Eu quero vê-la com um sorriso iluminado
como as estrelas do céu
Que ela não tenha medo do futuro
e esqueça as mágoas do passado



Estou me acostumando comigo, descobrindo do que eu preciso e do que é desnecessário.
Descobrindo se o ar não é mesmo puro ou essa agitação é que me sufoca.
Procurando compreender palavras subentendidas nas entrelinhas de conversas jogadas fora, mas com prazer em conversar.
Tentando entender sentimentos confusos, mas bonitos.
Tentando entender , compreender e decobrindo o que sou e o que eu realmente quero ser.
A vida me ensinou muitas coisas e dessas, muitas guardo com saudades.
Um novo dia vem chegando.
Eu me sinto livre presa nos milhões de abraços.



Desabafo de um domingo a tarde.

E então eu respirei fundo.


Não havia nada o que fazer mesmo.
Eu tivera sido enganada pelo amor da minha vida, a quem jurei amor eterno, fidelidade e até, olha que avanço, troca de alianças. Para quê? No final o que ficou? O que sobrou do amor? Mágoa.
A minha melhor amiga tinha se transformado em alguém que sabe lá quem é agora... tudo tão diferente. Tudo tão estranho.
Ainda hoje, as vezes o nó na garganta aparece, as minhas mãos ainda ficam gélidas, ainda dá ardência em meus olhos, mas agora é diferente. Agora não é gelado. É quente, e o líquido fétido da angústia agora escorre devagar, quase parando.
Não. Agora não é tão mais intenso. Talvez porque eu já estou tão acostumada que não me fere mais quanto antes. Hoje é morno por ser uma sensação já conhecida. O corpo já reconhece. O corpo já sabe. As lágrimas que caem hoje, não são as mesmas.
Não é mais tristeza, talvez nem dor. Talvez é ódio. Ódio de viver 18 anos na minha vida sempre tentando ser quem não era. Procurando alguma coisa que realmente me fizesse feliz. E eu agarrei todas as oportunidades, mas me ferrei em todas elas.
Talvez a felicidade seja uma utopia que algum sem-ter-o-que-fazer inventou. Mas se tanta gente a tem talvez não seja invenção da cabeça das pessoas ou o mundo inteiro sonha o mesmo sonho e eu que sempre tão diferente andei pelo lado errado da estrada do paraíso?
O que me faz feliz hoje? Quando me pergunto isso meus olhos se enchem de lágrimas que eu não compreendo do que elas são formadas. Tristeza? Raiva? Raiva de ter tudo, absolutamente TUDO e mesmo assim viver angustiada? E digo mais, desde os primórdios da minha existência eu me sinto assim. E. Por quê? Pra quê? É um carma divino? É obra de feitiçaria? Porque nessa altura do campeonato, eu e minha cabeça que não para um segundo sequer de matutar já pensamos de tudo, sem achar resposta.
O pior é que não tenho com quem conversar e que vai me entender, que vai compreender o que eu sinto. Eles vão me julgar outra vez, jogar na minha cara coisas horríveis sobre mim, como sempre fizeram. Há de existir nesse mundo alguém que me entenda? Há de existir nesse mundo? Alguém?
Eu me refugio em sorrisos que eu não quero sorrir, em palavras engraçadas que eu não quero dar.
Eu me apego em coisas que acho que são boas para mim. E são? São boas? O que elas querem de mim? O que a vida quer de mim?
Eu nunca me senti como se onde eu estou, seja o meu lugar. É como se algo no mundo lá fora me chamasse e me puxasse pelas mãos desesperadamente também se sentindo como eu. Tendo tudo e mesmo assim viver na angústia.
Pra uns falta de Deus, pra outros, falta de tapa. Pra mim são todos imbecis. Eu tenho a minha fé. Eu tenho a minha disciplina. E talvez esse seja o meu maior defeito. O meu maior pecado diante de meus irmãos.
No final eu descubro, que não há nada de errado com ninguém. O amor da minha vida sempre será o amor da minha vida e é ele que me proporciona as mais sinceras felicidades e por querer tanto minha felicidade é que talvez me engana. Talvez eu exija isso das pessoas sem saber, talvez eu exijo delas o engano. Talvez elas me conhecem melhor e sabe como eu sou por dentro e por isso não querem que eu sofra mais. Porque eu sofro. Um sofrimento sem razão. Talvez ela até exista, mas, um dia eu vou descobrir. Um dia talvez. Um dia, talvez, eu descubra o que se passa na parte negra do meu coração. Pois eu sei que nele existe uma parte em que só há nuvens negras e carregadas de eletrecidade que se chocam sem dó nem piedade.
A minha família é tudo o que tenho. Quanto aos amigos, eles me dão medo. Um medo que me faz afastar-se deles. Que me faz não querê-los. O raio cai mais de 2 vezes em um mesmo lugar, porque não acontecer as mesmas desilusões?


Esse texto foi escrito quando "eu tinha quase que 18" . Dedico a Renata Salas, não sei porquê... :D

Autobiografia III


Defendo minhas idéias com ardor, protejo sempre quem é meu amigo, quem é meu amor.
sou pirracenta, alegre e curiosa.
sou mandona, calma e escandalosa.
quero tudo ao mesmo tempo, quero nada e quero descansar.
quero sair correndo, saltando, quero me deitar.
eu quero ser feliz, ser séria, ser triste, eu quero me transformar.
Hoje eu sou de um jeito, amanhã já não se sabe.
eu mudo o que quero mudar antes que o dia acabe.