quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Brasil, Terra Boa e Gostosa.


Como diria um velho amigo meu, num dos shows do Creedence Cover que é muitíssimo engraçado, todos estão cantando as músicas, mas cada um com uma letra, talvez lá no refrão alguma palavra coincide com a letra verdadeira.

Aí eu fico pensando, que com toda essa globalização, esse processo do from uk, que já disse anteriormente é uma palhaçada, tudo que chega aqui é meio distorcido. Se sai de uma cultura, se sai de um País, ela simplesmente, perde o valor...

Perde e desqualifica, uma moda lá dos EUA é bonita lá, é bacana lá, aqui usar um casacão de pêlo ultima moda lá não faz sentido e nem é tão conveniente a não ser que você more no Sul. É claro que algumas modas são bacanas como os tênis All Star, e camisetas engraçadas. Mas algumas modas que são de um país e únicas de um país quando sai do seu país perde o brilho, perde a graça. E todos que tentam estar up, no meu conceito estão down.

Querer outra cultura então fora do meu conceito, é tão lindo o nosso Brasil e nossas batas coloridas, nossas rasteirinhas de couro e nossos brincos enormes e coloridos. Então, por que usar o preto e branco? Por que querer ter um franjão? Por que querer usar caveirinhas e cerejinhas espalhadas pelo corpo, pelas roupas? Isso é cultura de lá, a cultura do consumismo e do materialismo.

O Brasil é o país do futebol, das baianas de saias rodadas e das dançarinas do Tchan e das funkeiras, do Mpb, dos índios, da Bossa Nova, do Axé e do Samba, da Alegria, dos Gaúchos, da Amazônia, do sincretismo religioso, de querer sempre ter vantagem e do rir das desgraças ao choro de um cavaquinho.

Só que o Brasil tem um defeito criou uma geração defeituosa. Uma geração que não sente orgulho da Nação, que nem procura saber, que acha que tudo é brega demais, fora de moda demais, pobre demais.

O Brasil é simples, as pessoas tentam complicar. O brasileiro acha que o que está fora daqui é melhor. Não meus queridos, não é melhor, mas quer saber? Problema é seus. A vida aqui é maravilhosa e feliz. Aqui o pessoal é hospitaleiro. E quanto a Cultura, tudo que é do Brasil é uma cultura. Calypso é cultura, Acadêmia das Letras é cultura.

Tudo que é do Brasil, tudo que pode ser brega, pode ser pobre, mas que o do Brasil, é lindo!

A cultura brasileira é linda!
E é uma pena as pessoas que não vêem isso!

Se eu sou nacionalista? Yes, I am! HAHAHA.

Diariamente


Houve um tempo, lá na minha infância, em que eu e as quinas de paredes, portas e armários éramos como dois ímãs um de pólo positivo e um de pólo negativo. Vivia cheia de hematomas roxos, verdes e amarelados. Era praticamente um carnaval em meio a minha canela.

Eu nunca fui de me machucar fisicamente, sempre cuidei tanto de mim, mesmo quando aprendi a andar, bem pequenina, eu já me cuidava. Aprendi a andar de patins em um ano, todas as garotinhas da rua com uma semana, resultado elas levam consigo cicatrizes por toda eternidade, e eu nem um arranhão.

Nunca quebrei dente, nem quebrei perna muito menos o braço.

Não sei se isso foi bom ou ruim, não sei se eu deveria ter brincado mais de terra e menos de escolinha, brincado mais de bicicleta e menos de escritório, brincar mais de bola e menos de professora. No final tudo o que eu brinquei tornou-se ou torna-se-á verdade e o que eu não brinquei não terá como brincar mais. A vida cada vez corre mais apressada, mais apertada e a gente fica aí correndo junto com ela, com os joelhos doendo de cansaço, mas temos que continuar correndo, sem descanço, sem parar!

E quando chega a hora de parar, já estamos velhos demais pra fazer aquelas coisas que ficaram pendentes lá na infância. Será? Talvez não! Ainda há tempo! Antes de o véu escuro da morte venha tapar nossos olhos podemos fazer inúmeras coisas! E mais coisas além!

O caso é curtir a vida! Sorrir no momento de sorrir, chorar no momento de chorar, no momento de tirar férias, tire férias de verdade e nos intervalos de uma corrida e outra vá andar de bicicleta! Jogar uma bola! Brincar no barro! Se já fomos crianças um dia, podemos ser de novo! Afinal estamos vivos não estamos?

E quem sabe, quando eu for vovó, eu não tropeço no chão e quebro braço, afinal ainda dá tempo!

Todas as manhãs.


(texto de 16-05-2008)

Todas as manhãs eu o observo.
E ele me observa também.
Parece que cada um tenta ler o pensamento do outro.

Eu observo-o, tão pequeno e frágil. Imagino o que ele irá pensar daqui uns anos, seus interesses serão outros e seus carrinhos serão trocados por outras coisas, talvez nem tão saudáveis. Imagino se ele sentirá saudades de usar as pequenas luvas que ele brinca, se ele sentira saudades de usar esse casaquinho hiper-colorido, se ele sentirá saudades de estudar na escola que todos os dias tem de ir. Se ele sentirá saudades de mim.

E o que ele pensa sobre mim? Talvez ele pense que eu seja uma louca desvairada que o encara (com ternura) todas as manhãs. Que eu deveria parar de encará-lo, deveria parar de olhar cada movimento que ele faz! Mas não, acho que ele não pensa mal de mim, acho que ele gosta de mim, um dia eu o vi esboçar um sorriso, não de deboche, mas de admiração por eu ter as mesmas atitudes que ele quando não consigui abri o vidro da janela, e ele me ajudou como eu já havia o ajudado. Por alguns segundos não houve diferença de idade, nem de nada, fomos duas crianças ou dois jovens talvez, lutando por um ideal, ajudando um ao outro.

Todas as manhãs ele me observa e eu o observo, eu penso que gostaria de ter um irmãozinho assim, e quem sabe ele até pense o mesmo de mim.

Mente e Fé






Das coisas que entendo, entendo pouco.
Das coisas que pretendo saber, sei menos ainda.

A um paradóxo complexo que envolve o mundo paralelo onde vive nossa mente.
De todos os estudos já feitos nenhum conseguiu estudar profundamente a mente.
Por quê?
Há algum mistério que nos envolve e nos transforma em seres mágicos e diferentes de outros tantos viventes na Terra?

Certa vez li que, se usássemos 10% da capacidade da nossa mente poderíamos mover objetos. Uma amiga minha e eu (e ela era até minha xará), no auge dos nossos 12 anos de idade, tentamos usar 10 % da nossa mente e infelizmente não conseguimos,então resolvemos usar juntas e no meio da aula de catecismo, enquanto minha mãe colocava uma musiquinha religiosa (sim, eu era catequizanda da minha mãe), nós nos concentramos e tentamos usar nossas mentes ao máximo e o som estragou! Juro! Fato verídico! Há testemunhas!
Digo isso, para ver se compreendem o que quero dizer.

Se, com toda essa tecnologia não descobriram tudo sobre nossa mente é porque se descobrirem viraremos monstros e transgressores de regras (mais ainda!) ou não?.

Aí fico pensando, que é no meio desse emaranhado de fios transmissores na nossa cabeça que surgem as diferenças, os problemas psicológicos, as loucuras, os desejos, quem sabe o amor.
É talvez o amor vem dali. Li sobre isso também, aliás, na mesma matéria dos 10%, que Jesus Cristo andava sobre as águas porque ele amava verdadeiramente! Jesus Cristo fazia milagres porque ele amava verdadeiramente! E diz também que ele foi o único ser humano a usar mais de 10% e mesmo assim não usou toda capacidade da mente!
E talvez não descobriram tudo porque se descobrirem tornaremos poderosos como o Messias e assim não há de estar correto.

Talvez Ele foi o único na Terra e não podemos comparar, não podemos querer sê-lo.
Porque, um homem que mudou o rumo da história não deve ser um cara qualquer! Ele é Ele.
Penso também que nesse mundo paralelo existe o Além. Talvez a nossa Alma...

Das coisas que entendo, entendo pouco.
Das coisas que pretendo saber, sei menos ainda.
Mas o que sei a nossa mente está muito mais ligada com a nossa fé do que pensamos.É nela que vem nossa vontade de ser, de estar, de querer de ter coragem, de acreditar, e apesar desse texto não ter nem um fim religioso, pois sou a menos apropriada a falar sobre isso, os ateus que me perdoem, mas se a gente já usa só um pouquinho da nossa mente, vocês usam menos ainda!


*As informações contidas neste texto são verídicas. Elas estão numa "Super Interessante" , agora a Edição, o Ano, isso, desculpe-me não sei informar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Então.


Há tanto tempo venho caminhando e perdida em meus pensamentos.

Há algumas informações que nos deixam desnorteados.

O fato da voz que eu penso ser minha, na realidade não é. Afinal, o outro a escuta diferente. Um tanto um pouco mais rouca que o habitual.
O fato também de que a mesma cor que meu cérebro interpreta não ser a cor que o cérebro do outro é estranho.
Bate um vazio.
Bate uma dúvida.
O que é real realmente?

O mundo é um tanto quanto complicado, porque o mundo não é um mundo só.
Ele se divide em vários outros, como pétalas de uma rosa.
O mundo é diferente, pois cada um tem seu próprio mundo.
É inútil tentar mostrar uma realidade pra alguém se ela já tem uma visão totalmente contrária a sua formada em sua mente.

Mas o que é realidade?
O que é verdade?
A verdade é o que você tenta me provar, ou a que eu já pensei que era a muito tempo?
Existe verdade?

Nietzsche luta quase a vida inteira pra encontrar uma verdade absoluta. Uma verdade absoluta, mesmo que sangrenta. No fim, ele descobre que a verdade absoluta não existe.

Ela não existe mesmo?
Então por que há tantos conflitos?
Por que há tantas ideologias em choque?
Por que não vivemos todos em paz?
Por que não nos reconciliamos?
A verdade está na cabeça de cada um.
Onde vive o respeito.
Por que não usamos?

Há tanto tempo venho caminhando e perdida em meus pensamentos...


"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever!"
Clarice Lispector.